Há momentos de calmaria

E há momentos agitados, decisivos

Em que a boa intenção não basta.

É quando a vida nos cobra coragem,

Arrojo, criatividade e um inabalável espírito de luta.

Do filme “O Gladiador”

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009


A Arte Naturista de Guidha Capelo

Por Matilde Matos



Guidha Cappelo é portuguesa, nascida em Angola, de onde fugiu para escapar da guerra. Na Bahia, encontrou na arte o meio de expurgar de sua alma o sofrimento do seu povo, desenvolvendo nos trabalhos sua mensagem de paz.

Escolheu como meio significativo, a reciclagem, do suporte de troncos cozidos de bananeiras, aos pedaços de madeira que tiveram uso, cipós, galhos secos, palhas, raízes de árvores que foram arrancadas, retalhos de tecidos, são os elementos que compõem suas idéias e expressam com fidelidade seus sentimentos..

Sobre a tonalidade característica do suporte reciclado, Guidha explora as curvas e ângulos, a rigidez, a maciez, o tom fosco e o brilho dos elementos que vai acoplando para lhes imprimir significado. Trabalha com a ajuda de uma ou outra cor, recorrendo também à força das palavras nos títulos.

Coerente com o que simboliza, a arte de Guidha carrega a harmonia dispersa e a atração da natureza.

Matilde Matos (da ABCA e AICA)


Matilde Matos/BA - Curadora, ensaísta e crítica de arte, assina coluna de artes plásticas desde 1970. Participou da XII, XIII e da XIV Bienal Internacional de São Paulo com a transcrição escrita do Grupo Etsedron - Prêmio Governador do Estado (1974). Fez dezenas de apresentações para catálogos, muitas reunidas na publicação 100 Artistas da Bahia.

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